Sintra….O Paraíso Perdido

O Paraíso Perdido

Sintra … só de dizer este nome começa a correr-me nas veias os tempos de glória lá passados, as subidas e descidas, os sacrifícios e as vitórias, e a imensa felicidade de correr numa das serras mais encantadoras de Portugal, numa serra em que a mais pequena pedra, flor ou estrada faz parte da história de Portugal.

Existe ainda todo um património literário que transformou esta Sintra numa referência quase lendária. Sintra, cuja mais antiga forma medieval conhecida “Suntria” apontará para o indo-europeu “astro luminoso” ou “sol”, terá sido designada por Varrão e Columela como Monte Sagrado. Ptolomeu registou-a como a “Serra da Lua” e o geógrafo árabe Al-Bacr, no século X, caracterizou Sintra como «permanentemente mergulhada numa bruma que não se dissipa».

Podemos encontrar na vila de Sintra testemunhos de praticamente todas as épocas da história portuguesa e, não raro, com uma dimensão que chegou a ultrapassar, pela sua importância, os limites deste território. Na candidatura de Sintra a Património Mundial/Paisagem Cultural junto da UNESCO, tratou-se de classificar toda uma área que se assumiu como um contexto cultural e ambiental de características específicas: uma unidade cultural que tem permanecido intacta numa plêiade de palácios e parques; de casas senhoriais e respectivos hortos e bosques; de palacetes e chalets inseridos no meio de uma exuberante vegetação; de extensos troços amuralhados que coroam os mais altos cumes da Serra. Também de uma plêiade de conventos de meditação entre penhascos, bosques e fontes: de igrejas, capelas e ermidas, pólos seculares de fé e de arte; enfim, uma unidade cultural intacta numa plêiade de vestígios arqueológicos que apontam para ocupações várias vezes milenárias.

Como escreveu Luís de Camões, é o local “onde a terra se acaba e o mar começa”

Seu ponto mais alto possui 528 metros de altitude. No âmbito contextual de natureza, arquitectura e ocupação humana, Sintra evidencia uma unidade única, resultado de diferentes motivos conjugados, entre os quais o peculiar clima proporcionado pelo maciço orográfico que constitui a Serra de Sintra e a fertilidade das terras depositadas nas várzeas circundantes. A relativa proximidade do estuário do Tejo, e – a partir de dada época – a vizinhança de Lisboa, cidade cosmopolita e empório de variadas trocas comerciais, fizeram com que desde cedo a região de Sintra fosse alvo de intensa ocupação humana. Na costa marítima da freguesia de Colares, no concelho de Sintra, localiza-se o Cabo da Roca. Situado 140 metros acima do nível do mar, é o ponto mais ocidental do continente europeu. Ou, como escreveu Luís de Camões, é o local “onde a terra se acaba e o mar começa“.

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Sintra Paraíso Perdido

E foi neste local, no dia 5 de Junho, que se realizou pela primeira vez o Sintra Paraíso Perdido, na distância de 10 kms, numa organização do Ginásio People Family Clube, situado na Terrugem, este ginásio tem como principal objectivo, o bem-estar do seu cliente. Para tal, oferecem um vasto conjunto de possibilidades de adesão, como resposta às necessidades, aos objectivos e à disponibilidade de cada um, com o patrocínio da Cosmanlux que tem na execução e reparação e manutenção de instalações eléctricas em alta, média e baixa tensão, a sua principal actividade e o apoio da Câmara Municipal de Sintra.

Paula Cruz, José Gaspar e a filha, e Vitor Pereira
Paula Cruz do Ginásio People Family Clube, José Gaspar vencedor da prova e a filha, e Vitor Pereira da Cosmanlux

Eram 17h e já começava a festa no centro Histórico de Sintra, mais propriamente no largo frente ao Palácio Nacional de Sintra, onde a música que fazia ouvir fazia os súbitos (participantes) aproximarem-se e a apreciá-la, as instrutoras no local incentivam-nos a iniciarem o seu aquecimento com uma aula de zumba. O tempo ia passando e mais atletas iam chegando ao local de partida. Faltava muito pouco … os atletas cada vez mais concentrados, o pensamento era de muitos o mesmo, a longa subida que ai vinha, mas este pensamento foi corrompido quando a instrutora de zumba do Ginásio People Family Clube fez todos juntarem-se para fazer o aquecimento. A seguir ao bom aquecimento, deu-se a partida e começou a subida. Cada passo dado era uma paisagem de beleza única, algo que só se vive mesmo na Serra de Sintra, nos kms feitos a subir via-se pequenas cascatas, o constante verde das árvores que lá viviam e em algumas partes o Palácio Nacional de Sintra.

Depois de feita a enorme subida até ao cimo da Serra de Sintra, o ponto mais alto da prova com 448mts de altura, éramos verdadeiros reis, vestidos com os nossos trajes de corrida, e já nada, nem ninguém, nos fazia tremer, pois era quase sempre a descer até à meta e com a ajuda da gravidade e a aerodinâmica ainda mais rápido se fazia. Na meta fomos bem recebidos e brindados com um sumo, uma maça e água.

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José Gaspar já no inicio a dar distância ao resto dos atletas

No total 262 atletas cortaram a meta com José Gaspar – Individual, com 37m21s, foi o vencedor, em segundo ficou Adolfo Leal – Restaurante O Cartaxeiro – Caneças – com um tempo de 44m06s e a completar o pódio ficou Sérgio Tavares – Friends2Run– que fez 45m01s. Individual

Nos femininos, Anabela Costa – 100Fitclub – foi a primeira a cruzar a meta com um tempo de 54m14s, em segundo Teresa Martins – Z-Gym – com 56m20s e em terceiro Alexandra Matias – Associação Jorge Pina – com 57m43s

O Praticante esteve presente com três atletas: Carla Figueira – 1h05m55s – 116º geral / 4ª escalão F35, David Silva – 1h06m44s – 129º G / 18º E M45, e – Carlos Figueira – 1h07m37s – 135º G / 46º E M35

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Fotos: Henrique Dias

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