Os trilhos históricos do Rei D. João

O Rei D. João V, “O Magnânimo” (1706-1750), vestiu no dia 9 de julho os seus melhores trajes, decorou o seu Palácio-Convento e preparou os frades franciscanos para receberem as centenas de atletas e visitantes que vinham de vários pontos do país para conhecerem o seu belo palácio.
Como surgiu a ideia
O rei sentia que pouca gente conhecia o seu palácio, então decidiu eleger uma equipa para pensar numa maneira de mostrar o palácio, a cultura e as belas paisagens daquela região ao povo. A corte uniu-se e decidiram nomear a Roteiros Aventura, que aceitaram o desafio deixando a promessa que não iam falhar com o Rei. E não falharam! O Trail Nocturno do Palácio foi um sucesso. Com um local maravilhoso que é Mafra, só havia uma solução, realizar uma corrida de trail e uma caminhada que passasse por locais ainda por descobrir, então decidiu-se que a prova iria decorrer em áreas que não estão abertas ao público em geral e de noite para mostrar a beleza daquele local, misturada com um por do sol ou então com as luzes de Mafra! Já estava tratada uma forma de descobrir o Palácio e as paisagens, faltava agora mostrar cultura da região. Uniu-se então a data do trail à data do Festival do Pão, que todos os anos se realiza para divulgar as especialidades gastronómicas, sobretudo o pão, a qualidade das peças em barro produzidas nas olarias da região, os costumes e tradições da região Saloia.
A História do percurso do Rei
D. João V, o “Rei Magnânimo” (1706-1750), mandou construir um Palácio-Convento na Vila de Mafra em cumprimento da promessa que fez, caso a Rainha lhe desse descendência. Este grandioso monumento, construído numa época de grande prosperidade real em resultado da exploração de ouro e diamantes do Brasil, constitui uma obra-prima do Barroco Português. A primeira pedra da construção do edifício foi colocada dia 17 de novembro de 1717. No entanto, à data da sagração da Basílica, 22 de outubro de 1730, apenas estavam abertos os alicerces do que viria a ser o Palácio, que apenas começou a ser construído nos anos seguintes, sendo dado como concluído perto de 1735.
A Real Tapada de Mafra foi criada em 1747 com o objectivo de proporcionar um adequado envolvimento ao Monumento, de constituir um espaço de recreio venatório do Rei e da sua corte e ainda de fornecer lenhas e outros produtos ao Convento.
Com uma área de 1187 hectares, a Real Tapada de Mafra é rodeada por um muro de alvenaria de pedra e cal, com uma extensão de 16 Km (maior zona murada a nível nacional). A Tapada foi dividida em três partes separadas por dois muros construídos em 1828, estando atualmente a primeira, com 360 hectares, sob administração militar (Escola das Armas).
Desde o século XVIII até à implantação da República, a Real Tapada de Mafra foi local privilegiado de lazer e de caça dos monarcas portugueses, sendo contudo nos reinados de D. Luís (1861-1899) e de D. Carlos (1899-1908) que a Tapada conheceu o seu período áureo como parque de caça.
Um evento de louvar
Muitos atletas chegaram mais cedo a Mafra para poderem apreciar as bancas do festival do pão e conhecer melhor o interior do Palácio Nacional de Mafra.
Antes da hora marcada para a partida, 20h30, o Rei preparava-se, com a companhia da corte, para tocar o sino que daria a partida do Trail. 20h30 em ponto e deu-se a partida.
Um percurso fantástico como prometido pela organização, sendo o ponto mais alto da prova a passagem por dentro do castelo, com o percurso a ser iluminado por muitas velas. A sinalização da prova deslumbrou muitos participantes que não estavam à estavam à espera de tanta eficácia por parte da organização. Setas com refletor, fita sinalizadora branca e pó de pedra para fecho de alguns caminhos foi a sinalização utilizada. Só falta falar no abastecimento da prova que foi posto a meio da prova com vários alimentos, sumos e agua.
O final da prova realizou-se no pátio da Basílica de Mafra onde esperava o rei, elementos da corte e os frades franciscanos para medalhar os vencedores da prova. Enquanto os atletas iam chegando era servido o Chá Real constituído por chá preto e biscoitos.
Os vencedores
Horácio Caetano – Guerreiros do Oeste – 49m34s foi o vencedor, com o segundo classificado Marcelo Graça – Individual há distância de 21s (49:55), e Gonçalo correia – Geodésicos a completar o pódio com 50:20, em femininos a vitória foi para Maria Frias – Amigos Atletismo Mafra – 57:44, Cláudia Batalha – Geodésicos – 58:07 e Anabela Costa – 100 Fobias – 1h:00;06 ocuparam o 2º e 3º lugar.
A equipa de O Praticante marcou presença através de Carla Figueira 28ª geral / 17ª escalão – 1h20m40s, Miguel David 109º G / 57º E -1:11;11 e Carlos Figueira 155º G /63º E – 1:20;43.
Colectivamente Geodésicos venceram com 15 pontos, seguidos dos Guerreiros do Oeste 20 pts e 100 Fobias 31 pts, a equipa de O Praticante obteve o 14º lugar com 124 pts, entre 25 equipas que pontuaram
Depois de acabada a prova continuou-se a festa no festival do pão onde deu para provar o pão da região e ouvir musica
E agora segue-se o Trail dos Palácios a 18 de Setembro, acompanha a informação aqui