VENCER A CHÉQUIA EM PAREDES É O OBJETIVO
Seleção Nacional A Feminina defronta hoje a congénere checa a partir das 15h00, no – já lotado – Multiusos de Paredes, a contar para a segunda jornada do Grupo 3.
No horizonte da equipa lusa estão os importantes primeiros pontos na competição.
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Fonte: Federação de Andebol de Portugal
Fotos: © Edwin Verheul
Jogo muito importante para as ambições da Seleção Nacional
Após o fim da primeira jornada do EHF Euro 2024 Qualifiers, a diferença de golos na derrota do jogo inaugural frente aos Países Baixos (-11) fez com que Portugal ocupasse a última posição do grupo, ainda sem pontos, atrás da Finlândia, que perdeu por 10 golos de diferença contra a Chéquia, próximo adversário da Seleção Nacional.
A comitiva lusa, que regressou a território português na sexta-feira, instalou-se em Paredes e está agora na reta final da preparação do embate da Ronda 2 que vai acontecer no Multiusos local, a partir das 15h00 deste domingo.
Às 16 atletas que estiveram presentes em Almere para defrontar a seleção neerlandesa, voltaram a juntar-se Mariana Lopes e Joana Garcês.
“Amanhã teremos um jogo de grande importância para nós e para o nosso andebol, pelo que contamos com o apoio de toda a comunidade andebolística.
Tivemos, na passada quinta-feira um jogo de grande intensidade e exigência do ponto de vista físico e emocional, a nossa principal preocupação é a recuperação das atletas.
Associada a esta questão, existe a circunstância do nosso adversário ter mais um dia de recuperação, pelo que temos de considerar todos estes aspetos no nosso trabalho.”
Começa por referir José António Silva, em antevisão a um jogo que é visto como muito importante para as ambições da Seleção Nacional rumo ao Europeu.
O líder da equipa das Quinas considera que Portugal volta a não entrar em campo como favorito mas a ambição do grupo está intacta e cada posse de bola conta para que o desfecho seja feliz, considera.
“Portugal lutará pela vitória até à exaustão”
Lutar até à exaustão pelos primeiros pontos num pavilhão onde o apoio nunca tem falado é o mote para o desafio:
“No que diz respeito à Chéquia, a equipa tem algumas semelhanças no modelo de jogo relativamente ao nosso último adversário, mas existem outros aspetos que merecem uma abordagem distinta do ponto de vista estratégico, sendo esse também um dos nossos focos neste momento.
Esta equipa checa é constituída por jogadoras muito experientes e que, em teoria, é favorita, mas a nossa Seleção Nacional tem uma ambição enorme e já demonstrou, mesmo perante adversários de maior valia, que tem capacidade para os suplantar.
Para que isso aconteça, precisamos de manter a organização e o discernimento em todos os momentos do jogo, já que cada posse de bola conta.
A equipa ainda tem por vezes alguma inconsistência, provocada pela qualidade dos nossos adversários e pela nossa falta de experiência em jogos com esta exigência do ponto de vista competitivo, mas também por não termos o volume de trabalho que gostaríamos de realizar e de que necessitamos.
Todos nós temos trabalhado imenso para encontrar o equilíbrio que nos permita uma boa gestão dos diversos momentos do jogo, sendo que, na minha opinião, este é o fator que mais pode influenciar a nossa evolução nos próximos tempos.
Se o conseguirmos, e se atendermos ao facto da já termos uma equipa que integra bastantes jovens enquadradas pelas mais experientes, acredito que nos próximos anos poderemos atingir um nível competitivo elevado.
Num pavilhão em que nos sentimos muito bem pelo apoio que nos é proporcionado, podem contar com uma Seleção Nacional unida, muito motivada e empenhada em fazer um bom jogo e que, como sempre, lutará pela vitória até à exaustão.”
Chéquia Europeia e Mundial
A seleção checa vai estar presente do Campeonato do Mundo, no final de 2023, depois de se ter qualificado no início do ano.
No passado são já sete presenças na principal competição de seleções à escala planetária, em que a melhor classificação alcançada foi um 8.º lugar em 2017, na Alemanha.
No que toca a Europeus, são também sete as vezes que a seleção daquele país da Europa Central marcou presença.
Curiosamente, o 8.º posto (alcançado por duas vezes em 1994 e 2002) foi também o patamar mais alto alcançado na competição.
Confronto direto
São apenas três o número de jogos entre as duas seleções de que há registo e todos terminaram em vitória para a Chéquia por mais de 10 golos de diferença.
O primeiro aconteceu em 2013, na cidade de Most, e acabou por ser o mais penoso para as Quinas, com 35-20 no placar.
No ano seguinte, em São Pedro do Sul, a margem foi menor (23-33) mas voltou a resultar numa vitória tranquila das checas.
Ambos os jogos foram relativos ao Grupo 3 da Qualificação para o Europeu de 2014.
Mais tarde, em 2019, a contar para o EHF Euro 2020 Qualifiers (que não terminou devido ao COVID), a Chéquia venceu de novo por 31-20, em Olomouc.
Ones to watch
Em Paredes, às ordens do norueguês Bent Dahl, estará um grupo de atletas que junta a experiência e juventude, encabeçado pela atleta que comanda os seus ataques – a primeira da lista em baixo – que em 2021/2022 foi eleita MVP da EHF Champions League.
Markéta Jerábková, central de 27 anos, atua no Ikast Håndbold (Dinamarca).
Charlotte Cholevová, lateral esquerda de 21 anos, atua no Brest Bretagne Handball (França).
Veronika Malá, ponta-esquerda de 25 anos, atua no SG BBM Bietigheim (Alemanha).
Em sentido inverso, a multi-titulada Jana Knedlíková, experiente ponta-direita de 34 anos que na época passada juntou mais um título da Liga dos Campeões ao seu museu pessoal, ao serviço das norueguesas do Vipers Kristiansand (terceiro consecutivo), despediu-se recentemente da seleção da Chéquia.