AFONSO EULÁLIO ESTÁ 100% FOCADO

Afonso Eulálio

Foto: Redes sociais Afonso Eulálio

Aos 23 anos, Afonso Eulálio, o ‘miúdo‘ da Figueira da Foz vai correr, a partir de sexta-feira, a sua primeira ‘grande’, logo na sua primeira temporada no WorldTour.

Garante à Lusa estar “super tranquilo” perante o desafio, assumindo que é “ótimo” ter sido selecionado pela Bahrain Victorious.

Leia também

AFONSO EULÁLIO NO GIRO D’ITÁLIA

Fonte: Lusa

Afonso Eulálio
Foto: Redes sociais Afonso Eulálio

Afonso Eulálio preparado para ajudar Tiberi

Afonso Eulálio vai estrear-se em grandes Voltas 100% focado em aprender, após o “choque muito grande” que foi adaptar-se ao WorldTour.

Mostra-se preparado para ajudar Antonio Tiberi a lutar pela vitória na Volta a Itália em bicicleta.

Acaba por ser motivador.

É o meu primeiro ano e a equipa tem depositado bastante confiança em mim.

E isso também vai-me acabar por ajudar a crescer”, defendeu.

Antes de identificar o seu objetivo para a 108.ª edição da ‘corsa rosa’: “É 100% aprender e estar junto da equipa”.

Afonso Eulálio
Afonso Eulálio camisola amarela – Foto: Podium

Depois de dar nas vistas na última Volta a Portugal – andou seis dias de amarelo.

Mas acabou como 10.º da geral -, Euláliosaltou’ para a primeira divisão mundial e, agora, tem pela frente a sua mais difícil prova até ao momento.

O ano passado quase que só fazia corridas que nem UCI [União Ciclista Internacional] eram, corridas basicamente amadoras.

De fazer meia dúzia de corridas internacionais, corridas UCI, passo agora a fazer apenas quase corridas WorldTour.

Acaba por ser também um choque muito grande, mas tem sido bom para continuar a minha evolução”, confessou.

Afonso Eulálio
Foto: Redes sociais Afonso Eulálio

“O início foi um choque um bocado grande

Em entrevista à Lusa, durante uma escala rumo à Albânia, mais concretamente a Durrës, onde na sexta-feira arranca a 108.ª Volta a Itália, o jovem da Bahrain Victorious assumiu que no pelotão internacional encontrou uma maneira “um pouco diferente de correr”, mas também ciclistas de outro nível.

É passar de um nível que quase nem me conhecem – e nem mesmo eu me conheço – a passar só a fazer este nível de corridas […].

O início foi um choque um bocado grande, e tem continuado a ser.

Agora, [estou] sempre a correr com o [Tadej] Pogacar, o [Juan] Ayuso, a acompanhar o Tiberi nas corridas e também o Lenny [Martinez]”, avaliou.

Foto: Redes sociais Afonso Eulálio

Neste Giro, que termina em 01 de Junho, em Roma, Eulálio vai apoiar o italiano Antonio Tiberi, o líder único da equipa que, em 2024, foi quinto na geral final da ‘corsa rosa’ e esta temporada foi terceiro no Tirreno-Adriático.

O objetivo prioritário é estar junto do Tiberi e com isso trabalhar para a equipa e aproveitar para aprender.

Mas claro que gostava de ter a oportunidade de ir duas vezes para a fuga, ou três, também para ver do que sou capaz”, reconheceu à Lusa.

Afonso Eulálio
Foto: Team Bahrain Victorious

“…Sem pensar no resultado…”

Para o jovem português, chegar ao final do Giro, sabendo que deu tudo de si, já seria um bom desfecho para a sua estreia.

Sem pensar no resultado, tanto vitórias, como em fazer top 20 ou 50.

Isso para mim não vai interessar nada, porque estou mesmo 100% ligado em ajudar a equipa.

E, depois, quando tiver de desligar e perder meia hora, não tem mal nenhum”, notou.

Como principais adversários de Tiberi, o ciclista da Bahrain Victorious aponta:

Primoz Roglic (Red Bull-BORA-hansgrohe), o campeão de 2023;

e Juan Ayuso, assim como Adam Yates, companheiro do promissor espanhol na UAE Emirates.

Nesta ‘corsa rosa’, Eulálio acredita que todas as etapas serão importantes, ao contrário daquilo a que estava habituado em Portugal.

Sabia que aquela etapa ia ser dura, mas, depois, quando era uma etapa plana, acabava por ser mais tranquila.

Aqui, quando é uma etapa plana, acaba por ser quase ainda mais dura do que uma etapa montanhosa.

Porque existe vento, existem os ‘abanicos, e acaba por ser quase uma etapa tão ou mais dura do que uma etapa montanhosa”, justificou.

Único luso na edição que liga Durrës a Roma, o figueirense lamenta a falta de companhia nacional.

Pensava que o Rui Costa iria estar presente, e acabava por ser bom.

Acabava por ter companhia algumas vezes também, para falar um pouco português.

Porque vou estar praticamente um mês a falar italiano, espanhol, inglês”, concluiu o 15.º classificado do Tour Down Under.

Parceiros

Deixe um comentário