Amora preparada para os Nacionais de Corta-Mato

Os Campeonatos Nacionais de Corta-Mato são uma organização da Federação Portuguesa de Atletismo em conjunto com a Associação de Atletismo de Setúbal e da Junta de Freguesia de Amora, com o apoio do Município do Seixal, realiza-se domingo, 21 de março.

Texto: Federação Portuguesa de Atletismo

Campeonatos Nacionais de Corta Mato na Amora

Esta é a competição regular mais antiga do calendário nacional, reconhecendo-se os seus resultados ainda antes da formalização oficial da Federação Portuguesa de Atletismo.

Iniciados em 1911, com triunfo do malogrado Francisco Lázaro (então a representar o Benfica), realizou-se nos dois anos seguintes, mas a primeira Guerra Mundial ditou a sua primeira paragem, retomando-se depois em 1922 (já organizado pela FPA).

Conheceu nova interrupção depois de 1923, realizando-se apenas em 1928, e com novo intervalo de um ano, retomou a regularidade em 1930. Depois disso, apenas conheceu nova interrupção em 2020, devido à pandemia.

Agora, em 2021, o Parque do Serrado, em Amora (Seixal), está preparado para receber a 97ª edição da prova masculina (54ª feminina, pois só em 1967 foi introduzido o corta-mato para mulheres).

O recinto, que tem recebido as últimas edições do Crosse Internacional de Amora (que em 2019 completou 30 edições!), está ligeiramente modificado.

Não só por força de instalações desportivas ali construídas, e também para acolher um percurso de cerca de dois quilómetros.

Está perfeitamente vocacionado para a receção de competições nas atuais circunstâncias.

O evento conta com redução do número de participantes, só para atletas de clubes que disputam o mais importante nacional de inverno do calendário da Federação Portuguesa de Atletismo.

Com fortes restrições de participação, a competição masculina conta com sete equipas (podem participar seis atletas, pontuando quatro) e a feminina com cinco equipas.

Ambos os sexos terão um novo figurino, com duas séries femininas (uma de 20 e outra de 21 atletas) e três masculinas (duas de 20 atletas , uma de 16).

O apuramento dos pódios individuais será obtido pelos melhores resultados do conjunto das séries.

A pontuação coletiva será determinada pela equipa com somatório mais baixo dos seus primeiros quatro elementos chegados à meta, no conjunto das séries.

Amora

Consagração dos campeões

Será o momento de consagração dos campeões, sendo que o vencedor masculino das duas últimas edições Rui Teixeira (38 anos, fará 39 no dia 22 de março), do Sporting, se apresenta de novo para competir, ele que conquistou o título em 2019 com a idade de 36 anos, sendo um dos mais velhos campeões de crosse atrás de Eduardo Henriques e Domingos Castro, que conquistaram os seus títulos com 39 anos.

De Nelson Cruz (titulado aos 38 anos) e Carlos Lopes que conquistou o seu último título aos 37 anos (precisamente em 1984, quando se sagrou campeão mundial nesta variante e também campeão olímpico na maratona.

Presente nesta competição outros anteriores campeões, como Rui Pinto, agora no 4 Run Club, Rui Pedro Silva (Sporting) e Nelson Cruz (Clube Pedro Pessoa).

Carlos Lopes, com dez títulos e Rosa Mota, com oito títulos são as grandes figuras nacionais do Corta-Mato

Em termos individuais, Carlos Lopes, com dez títulos, é a grande figura do corta-mato, sendo ele o mais titulado dos corredores portugueses.

Seguem-se Manuel Dias (8), Fernando Mamede (6), Manuel Faria, Manuel Oliveira, Paulo Guerra e Domingos Castro (estes com cinco títulos).

No que respeita a títulos coletivos, o Sporting leva grande vantagem, com 48 títulos (só no crosse longo), contra 22 do Benfica e 11 do Maratona.

Já a competição feminina não terá a presença de Dulce Félix, vencedora de 2019 (recorde-se que o campeonato longo não se realizou em 2020, devido à pandemia).

Mas terá a presença das sportinguistas Catarina Ribeiro (vencedora em 2018 e segunda em 2019), Jessica Augusto, campeã em 2017 e Salomé Rocha, vencedora em 2016 recente, pois a sua participação só foi autorizada em 1967.

Maratona de Macau
Rosa Mota – foto de arquivo

Individualmente, Rosa Mota, com oito títulos conquistados entre 1975 e 1985, continua a ser a atleta mais vezes campeã nacional.

Seguem-se Dulce Félix (7), Fernanda Ribeiro (5), Manuela Simões, Aurora Cunha, Conceição Ferreira e Jéssica Augusto (todas com quatro).

Coletivamente, o Maratona, 20 vezes campeão entre 1993 e 2013, detém larga vantagem sobre o SC Braga, com 10 títulos.

Esta competição terá transmissão em direto Esta competição terá transmissão em direto no Youtube da FPA.

Mais informações podem ser retiradas na página dos Campeonatos – Programa-horário, listas de inscritos, cartaz, e no histórico da competição.

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