ANDEBOL FEMININO LUTARÁ POR BONS RESULTADOS COM RIVAIS “MAIS FORTES”

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A seleção portuguesa feminina de andebol arranca a qualificação para o Europeu2024 perante Países Baixos e República Checa, seleções “mais fortes”, mas sem abdicar de lutar por resultados positivos, frisou o selecionador José António Silva.
Fonte: Lusa
Fotos: Federação de Andebol de Portugal
Possibilidades lusas de regressar à fase final aumentaram
“Neste novo desafio, os Países Baixos e a República Checa são equipas mais fortes do que a nossa, há que assumir de forma clara, sem que isso signifique que vamos abdicar de lutar pelos resultados positivos.
Acreditamos que, se conseguirmos pôr em prática a nossa forma de jogar e princípios de jogo, podemos alcançar bons resultados e obter, eventualmente, uma vitória, o que será decisivo para que a nossa grande ambição e os objetivos sejam alcançados”, assumiu o selecionador feminino, em declarações à Lusa.
Portugal integra o Grupo 3 da fase de apuramento para o Campeonato Europeu 2024, que, pela primeira vez, terá a presença de 24 seleções, ao invés das habituais 16, o que aumenta as possibilidades lusas de regressar à fase final, onde apenas esteve em 2008.
“O que nos importa, neste momento, é pontuar, para que possamos abandonar o pote 3 e passar para o pote 2.
Seria uma conquista enorme, já que nos colocaria num outro patamar e com outros adversários, o que aumentava ainda mais significativamente as nossas probabilidades de estar presentes em fases finais, seja de Europeu ou Mundial.
Temos ambição de ganhar a qualquer equipa, mas, com um sorteio menos positivo, as probabilidades de surpreender serão reduzidas.
A nossa grande ambição é continuar a fazer evoluir a equipa e subir no ‘ranking’, para que possamos beneficiar um pouco do estatuto e, de forma um pouco mais tranquila, abordar estas qualificações”, sublinhou.
Países Baixos o primeiro adversário de Portugal
Tendo poucos dias de preparação para esta dupla jornada de qualificação com o grupo completo, José António Silva realçou as dificuldades que esta janela temporal acarreta, apesar da “dedicação, empenho e compromisso irrepreensíveis de todas as atletas”, que, com apenas quatro treinos, procurarão disputar os jogos face a equipas “de nível superior, habituadas a presenças permanentes em fases finais”, e atletas experientes.
“Necessitávamos de mais tempo para treinar, não o temos e procuramos otimizar da melhor forma possível o tempo disponível, mas é um fator limitador para quem quer encurtar distâncias.
Não há desculpas e vamos em frente com aquilo que temos.
Se conseguirmos colocar em campo as nossas armas, e inibirmos as armas fundamentais dos nossos adversários, poderemos aspirar a ter resultados positivos”, apontou ainda.
Os Países Baixos, “muito fortes nas transições ofensivas”, são o primeiro adversário de Portugal, que terá de ser eficaz no ataque e recuperar, “em termos defensivos, muito bem” para retirar essa arma ao adversário, de forma a aspirar a um resultado positivo.
“É, sem dúvida, um adversário muito forte, com todas elas habituadas a jogar grandes competições. Obviamente, não somos favoritas, temos essa consciência, mas estamos a preparar-nos para obter o melhor resultado possível”, frisou à Lusa Bebiana Sabino.
Segundo duelo do andebol feminino será com a República Checa
A capitã portuguesa enalteceu também a qualidade da República Checa, que recebem no segundo duelo da fase de qualificação e possui “uma das melhores andebolistas do mundo”, mas a pivô do Colégio de Gaia, com 36 anos, sublinhou o espírito da seleção.
“Estamos focadas e motivadas para iniciar com o pé direito e fazer um bom arranque nestes dois próximos jogos”, apontou, acrescentando: “O alargamento [da fase final] aumenta as expectativas, mas trabalhamos da mesma forma, pois queremos lá estar”.
Já a guarda-redes Isabel Góis, que representa o Madeira SAD, celebrou na terça-feira o 28.º aniversário em pleno estágio, algo que foi “diferente do normal, mas é especial”.
“Tenho o privilégio de estar cá, que é o nosso grande objetivo.
Tem um sabor ainda melhor, mas, ao mesmo tempo, estamos num âmbito de foco e o aniversário acaba por ir um bocadinho para o lado, pois neste momento estamos focadas no objetivo”.
“[Os Países Baixos] Têm uma qualidade ridícula, muito boa, mas nós também temos muita qualidade.
Já analisámos os pontos fortes e fracos delas, vamos explorar esses pontos fracos para darmos a volta à questão”, expressou a internacional portuguesa.
Portugal defronta esta quinta-feira os Países Baixos, na cidade neerlandesa de Almere, a partir das 19:30 locais (18:30 em Lisboa), recebendo a República Checa no domingo, às 15:00, no Pavilhão Multiusos de Paredes, nas primeiras rondas da fase de apuramento.