MAMONA AINDA SONHA COM “UM GRANDE SALTO”

Patrícia Mamona

Patrícia Mamona

A atleta Patrícia Mamona frisou hoje estar a dar o melhor para voltar aos treinos a 100% e ainda sonhar com “um grande salto” para Paris2024, embora considere existir “um grande risco” de não conseguir qualificar-se.

Fonte: Lusa

Existe “um grande risco” de não conseguir qualificar-se

Se vou ter tempo ou não para estar bem, só o tempo o dirá.

Estou, neste momento, a lutar e a dar o meu melhor para conseguir, neste mês, estar a treinar a 100%, competir e ainda ter o sonho e a vontade de fazer um grande salto, que me permita ir a Paris”, sublinhou à agência Lusa a vice-campeã olímpica do triplo salto de Tóquio2020.

Ausente dos Campeonatos da Europa de atletismo, em Roma, que se realizam de 07 a 12 de junho, e com o período de qualificação para Paris2024 a fechar no final do mês, Mamona não tem ainda perspetiva de regresso, pois o foco está em “treinar a 100%”.

Tenho de ser realista e dizer que há um grande risco de não conseguir fazer isso num espaço de tempo muito curto.

Estou focada em meter-me bem e só quero sair desta situação.

Ainda tenho muito para dar, tenho muita energia e, se conseguirmos resolver este problema, se não for neste mês, vai ser no segundo ou no terceiro.

O importante é estar 100% bem, neste momento”, referiu a atleta do Sporting, de 35 anos de idade.

Patrícia Mamona

“um desafio mental” para Patrícia Mamona

Considerando o processo de recuperação da lesão “um desafio mental”, que a atinge há vários meses, Patrícia Mamona apontou que o corpo “tem algumas dificuldades em recuperar” e, embora consiga treinar, para os Jogos é necessário estar sem limitações.

Neste tempo todo, estivemos a combater sintomas. Conseguia treinar razoavelmente, mas não conseguia treinar a 100%.

Para ir aos Jogos Olímpicos, é importante eu estar a 100%, pois o risco de lesão ainda é maior.

Finalmente, conseguimos perceber qual era a razão de ter estes sintomas todos e agora estamos a atacar a razão”, salientou ainda.

Patrícia Mamona falou à margem de um evento organizado pelo Museu da Presidência da República, Comité Olímpico de Portugal, Comité Paralímpico de Portugal e diversas federações desportivas, de celebração do Dia Mundial da Criança, nos jardins do Palácio de Belém, em Lisboa.

Naide Gomes
Naide Gomes um dos ídolos de Patrícia Mamona

“…o que queria mais era ver os meus ídolos e referências…”

Quando comecei no atletismo, o que queria mais era ver os meus ídolos e referências, as Naide Gomes e os Nelson Évoras.

Foram eles, de certa forma, que me motivaram e inspiraram a continuar nesta carreira do atletismo.

Estar perto dos atletas e perceber que fizeram um caminho no desporto e conseguiram ter sucesso é uma forma também de inspirar e incentivar as crianças”, explicou a medalhada de prata de Tóquio2020, muito solicitada para fotografias.

Entre os presentes, estiveram as:

campeãs olímpicas Rosa Mota (Seul1988) e Fernanda Ribeiro (Atlanta1996), na maratona e 10.000 metros, respetivamente;

o judoca Nuno Delgado, bronze em Sydney2000;

velocista Francis Obikwelu, prata em Atenas2004 nos 100 metros;

Rui Silva, bronze nos 1.500 metros na Grécia;

ou o canoísta Emanuel Silva, prata no K2 1.000 metros em Londres2012, em dupla com Fernando Pimenta.

Quando comecei a fazer triplo salto, infelizmente tive algumas palavras negativas e diziam que não tinha a parte genética de ser uma saltadora.

Eu era muito nova e só queria fazer triplo salto, era o que mais gostava e onde sentia à-vontade.

São crianças e têm de aproveitar a vida agora, pois quando forem mais velhos e o nível for maior, a responsabilidade vai ser muita, pois estão a representar um país e um clube.

Quando são novos têm de fazer o que gostam, não é importante se é bem ou mal feito”, disse.

Entre as atividades que ocuparam os jardins do Palácio de Belém entre as 10:00 e as 19:00, incluíram-se a experimentação de modalidades olímpicas e paralímpicas, exibições gímnicas, desfile de mascotes das federações desportivas e conversas sobre desporto.

Parceiros

Deixe um comentário