PORTUGAL DEFRONTA A DINAMARCA EM DUELO DE DESPEDIDA

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Foto: Federação Portuguesa de Andebol

Heróis do Mar defrontam a Dinamarca tri-Campeã do Mundo em duelo de despedida do Grupo F mas que já entra para as contas do Main Round.

Nesta que é a oitava presença de Portugal num Campeonato da Europa, desde a primeira edição em 1994, dificilmente se poderia ambicionar um arranque mais positivo.

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Portugal não poderia ambicionar um arranque mais positivo

Duas vitórias nos dois primeiros jogos da competição – tal como em 2000 e 2020 – e o bilhete dourado para o Main Round, fazendo com que o último duelo do Grupo F, diante da poderosa Dinamarca, sirva ‘apenas’ para definir qual das duas seleções passará em primeiro e em segundo, já que os nórdicos apresentam o mesmo registo.

Até ao momento, os tri-Campeões do Mundo estão a justificar em pleno o favoritismo e ocupam, nesta altura, o primeiro posto do Grupo F, com os mesmos quatro pontos do que Portugal, mas com mais dois golos marcados (63 vs 61) e menos nove sofridos (42 vs 51).

Portugal e Dinamarca entram em campo a partir das 19h30 desta segunda-feira, na despedida do Olympiahalle, em Munique.

Quem vencer, irá garantir dois pontos que podem fazer a diferença no desfecho do Main Round.

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Foto: © Anze Malovrh / kolektiff

Dinamarca entra em qualquer competição para erguer o troféu

A nível individual, a Dinamarca tem a vantagem de ter atletas de enorme qualidade a competir pelos mesmos lugares no sete inicial e uma profundidade quase inigualável de um plantel que é liderado pelas estrelas Mikkel Hansen e Niklas Landin (ambos do Aalborg Håndbold).

Para além disso, a seleção dinamarquesa continua a apostar em jovens atletas que tiveram impacto imediato, como é o caso de Mathias Gidsel (Füchse Berlin) ou Simon Pytlick (SG Flensburg-Handewitt).

Simon Pytlick esteve afastado devido a uma lesão no tornozelo, mas recuperou a tempo da grande competição e já assinou quatro golos em cada um dos jogos do Grupo F até agora.

Face ao historial, palmarés e estatuto da Dinamarca, ninguém tem dúvidas de que esta seleção entra em qualquer competição para erguer o troféu.

Assim foi nas três últimas edições do Campeonato do Mundo (2019, 2021 e 2023), um feito ímpar, nunca antes alcançado por alguma outra seleção.

As duas presenças seguidas em Finais dos Jogos Olímpicos (2016 e 2020) reforçam o poderio desta equipa nórdica, mas em Europeus os desempenhos não têm estado à altura.

A última vez que a Dinamarca se sagrou Campeã da Europa foi em 2012.

A segunda, depois da inédita, em 2008.

Foto: © Anze Malovrh / kolektiff

Contrariar a história: com ambição e sem pressão

Se antes deste Europeu, Portugal já não defrontava as congéneres da Grécia e da Chéquia há mais de 15 anos, o mesmo não acontece em relação à Dinamarca, que esteve no caminho dos Heróis do Mar há três anos, em Tóquio.

No entanto, há uma coisa que torna os confrontos com os nórdicos únicos: Portugal nunca venceu.

Não foram muitos os duelos, cinco para ser exato, e em todos os eles, com mais ou menos dificuldades, a Dinamarca levou a melhor, desde o primeiro, há precisamente 30 anos, até ao mais recente, em julho de 2021, nos Jogos Olímpicos.

Em 1994, na edição inaugural do Campeonato da Europa, organizado em Portugal, a Jornada 1 do Grupo B assistiu ao primeiro cruzar de caminhos entre Lusos e dinamarqueses em jogos oficiais.

Num duelo que decorreu na cidade do Porto, a Dinamarca venceu por 24-17.

Nessa competição, a Seleção das Quinas haveria de terminar na 12.ª e última posição, ao passo que os nórdicos caíram apenas nas Meias Finais – e falharam depois a medalha de bronze.

Seis anos depois, aconteceu o Europeu de 2000, que decorreu na Croácia, e no qual Portugal conquistou um honroso 7.º lugar, já a Dinamarca faz por esquecer essa participação, uma vez que terminou no 9.º posto, imagine-se.

Lusos e nórdicos mediram forças no Grupo B e este foi o jogo mais equilibrado entre as duas equipas: 28-26 (Portugal liderava ao intervalo por 12-13).

Não foi preciso esperar muito, apenas dois anos, para se assistir a novo duelo.

Desta vez a contar para o Europeu de 2002, na Suécia, a Dinamarca venceu por 27-20 no caminho para a conquista da medalha de bronze, já Portugal garantiu o 9.º lugar.

Foto: © Anze Malovrh / kolektiff

17 anos sem haver qualquer confronto

Em 2004 repetiu-se o filme.

No Europeu organizado pela Eslovénia, a seleção que, quatro anos mais tarde, viria a ser Campeã da Europa pela primeira vez, derrotou Portugal por 36-32 e só se despediu da competição com nova medalha de bronze na bagagem.

Os Lusos não foram além do 14.º lugar.

Seguiram-se 17 anos sem haver qualquer confronto ao nível sénior entre Portugal e Dinamarca.

Por fim, em 2021, na histórica participação lusa nos Jogos Olímpicos, em Tóquio, 28-34 foi o resultado do último desafio entre as duas nações.

O ímpeto nórdico nessa competição só foi travado na Final, pela França.

O contexto agora é perfeitamente favorável a Portugal que, não tendo nada a perder, poderá ambicionar fazer história e derrotar aquela que é, indubitavelmente, uma das super-potências da modalidade.

Também em representação da bandeira portuguesa encontra-se na Alemanha a dupla de árbitros constituída por Daniel Martins e Roberto Martins, que se estreou no maior palco europeu de seleções no jogo entre Islândia e Sérvia, do Grupo C.

Os portugueses ajuizaram também o encontro entre Macedónia do Norte e Alemanha, realizado este domingo.

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