Subida Épica mais carismática no Angliru português

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Decorreu no passado dia 10 de novembro a 2.ª Cronoescalada – Subida épica® do Colcurinho, uma organização da secção de BTT LAZER da Associação Recreativa e Cultural Catraiense de Oliveira do Hospital, tendo como promotores do evento as Aldeias do Xisto e o Município de Oliveira do Hospital.

 

“Angliru” português

O “Angliru” português, como já alguém lhe chamou, conta com 18 km de constante subida com inicio da Ponte das Três Entradas, onde os rios Alva e Alvôco se unem até aos 1.230m do Alto do Colcurinho, numa das mais espetaculares Subidas Épicas® do nosso país.

Este evento de ciclismo, numa das mais bonitas e desafiantes “Subidas Épicas® Aldeias do Xisto” e englobado no projeto “Subidas Épicas®”, e à semelhança do que se observa nalguns destinos de montanha mais carismáticos para o ciclismo noutros países, estão a ser caracterizadas e sinalizadas algumas das subidas mais desafiantes para se fazer em bicicleta em Portugal.

Subida épica® do Colcurinho 

A subida ao Alto do Colcurinho, como acima indicado, está equipada com sinalética permanente que dá aos ciclistas e demais utilizadores a indicação da distância ao cume, da altitude e da inclinação no próximo km, tornando-se assim pistas de treino permanentes para quem faz do ciclismo o seu desporto favorito, sobretudo para os apaixonados pela montanha, que assim podem vir em autonomia, com os seus amigos ou sozinhos, ultrapassar estes desafios voltando depois para bater sucessivamente os seus records.

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Relativamente à prova em questão, esta disputou-se numa manga única, aberta a todos os participantes que se inscreveram e onde foram apurados os vencedores dos diversos escalões em disputa, tendo a partida sido dada às 10h em ponto junto à Ponte das Três Entradas, e a subida cronometrada, contando-se os tempos dos atletas à chegada ao alto do Colcurinho nos 18km de distância de subida com cerca de 1100d+.

Aproveitando o percurso e de forma a apresentar uma melhor competição e espetacularidade, a organização criou o Desafio Strava Subida Épica® do Colcurinho, sendo mais um desafio, além da vitória final na prova, onde foi premiado o atleta da prova que liderasse o ranking masculino no Strava, num segmento a designar no percurso da Subida Épica® do Colcurinho, segmento este colocado já perto do final e no troço mais desafiante e difícil do percurso.

A prova e o percurso da subida ao Alto do Colcurinho

Durante o percurso, os atletas foram brindados com alguma chuva, vento, nevoeiro cerrado e frio, a notar os 9ºC na partida e os 0ºC na chegada ao Alto do Colcurinho, o que não permitiu de todo que os atletas tivessem o prazer de desfrutar da paisagem durante o troço da prova e a 360º no alto do Colcurinho junto à Capela da Nossa Sra. das Necessidades, sendo que a organização colocou à disposição dos atletas o transporte dos seus agasalhados para a meta com vista a no final da prova os vestirem e assim percorrer o percurso contrário até ao ponto de partida mais confortáveis e quentes.

Os banhos, secretariado, almoço e local de entrega dos prémios tiveram como base a Escola da Ponte das Três Entradas.
Todos os participantes tiveram água quente para banho o que muitas vezes não acontece e uma senha que dava direito a uma excelente bifana, caldo verde, bebida e sobremesa.

Em disputa, além da participação com E-Bike, estiveram vários escalões desde Cadetes até Masters E, incluindo em representação da equipa GRJA/BiemmeIbérica/BikePlanet/OPraticante.pt, esteve Ricardo Saraiva tendo terminado em 22º lugar da Geral e 10º lugar Vet A.

Ricardo Saraiva

De referir que dos 60 atletas inscritos participaram na prova 58 atletas tendo todos terminado a prova. De salientar ainda a ausência de participantes do sexo feminino.

No final do evento foi unânime entre todos os participantes e acompanhantes que o evento, devido à sua espetacularidade e envolvência, só tem a ganhar tanto em prestigio como em numero de participações com alteração da data para uma que dê garantias de boas condições climatéricas e assim poder existir uma maior moldura humana durante o percurso, especialmente nos últimos 2,5km da prova, o que faria com que a subida se tornasse no “inferno do Colcurinho” tal como acontece em outras provas com troços semelhantes.

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Quanto a classificações.

“A seção BTT LAZER tomou bem conta do desafio”

No final da prova foi possível recolher algumas declarações de Gil Fonseca elemento da organização: “Foi uma surpresa para toda a organização o número de inscritos que foram conseguidos para esta edição, uma vez que as condições climatéricas não foram as melhores. A organização tomou o convite do Município de Oliveira do Hospital, sendo que no ano transato a edição contou com a organização da Podium e a secção BTT LAZER da ARCC.

Este ano, creio que a seção BTT LAZER tomou bem conta do desafio, houve um maior empenho na divulgação e promoção do evento, crendo que o resultado inicialmente falado se deveu ao trabalho de campo que foi realizado nos últimos dois meses.

Ainda será um pouco cedo para falar, mas creio que existem perspetivas futuras de a próxima edição decorrer no início ou fim da estação do verão, desta forma os participantes poderão apreciar a beleza que este monte tem. Aproveito para agradecer mais uma vez ao GRJA a visita a estas terras beirãs e votos de felicidades a todos.

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Texto: Ricardo Miguel
Fotos: Organização BTT Lazer / Fotografe.com.pt

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