“Chuva marca o IV World Naked Bike Ride Lisboa”

O “Nu total” novamente proibido
Sob o lema “Pedala o mais nu que conseguires”, a reivindicação através do retirar da roupa, foi somente uma opção, não uma obrigatoriedade, um alerta para salvar o planeta, fomentar os transportes suaves, e promover a mobilidade sustentável, com alguns praticantes a alertarem para a fragilidade do ciclista,  em mais uma iniciativa do World Naked Bike Ride Lisboa, que de ano para ano, novamente em Portugal se repete a iniciativa, e foi o que aconteceu em Lisboa este protesto pacífico e cultural, este sábado 13 de Junho, feriado na capital, dia de Santo António.
A concentração ocorreu pelas 15 horas no Parque Eduardo VII em Lisboa, tendo inicio pelas 16 horas, com os participantes a dar uma volta na Rotunda do Marques de Pombal, depois desfilaram pela Av. da Liberdade, Restauradores, Rossio, Praça do Comercio, Cais do Sodré, Av. 24 de Julho, Alcântara, Av. Brasília, e Belém, onde junto à Torre terminou a iniciativa.
Numa tarde marcada pela chuva, e com um número este ano reduzido de participantes, os mesmos fizeram questão mesmo assim de se manifestarem, e vontade de pedalar, sempre dentro do maior respeito, sem nu total, mas apenas parcial, o que acabou por amimar os locais de passagem, ao mesmo tempo que deixavam a sua mensagem, utilizar mais a bicicleta, e acima de tudo também a segurança para os seus utilizadores.
Um olhar pelo evento:
Foi algo diferente que se repetiu novamente em Portugal, este ano marcada pela falta de aderência, já que na capital era feriado, e muitos passaram a noite a divertirem-se, também o feriado do 10 de junho deu origem a muitos meterem a semana de férias, porem outro dos contras, a data inicial era de 6 de junho, mas por no mesmo dia se ter organizado uma manifestação, o evento foi alterado, mas pela vontade da organização, será para continuar no futuro, onde a mesma acredita que terá sem dúvida ainda mais expressão.
Este ano mais uma vez não “Nus totais”, mas novamente “Semi-nus”, com muitas críticas pela proibição, com opiniões favoráveis pela iniciativa, os manifestantes expressaram pacificamente a sua presença em prol da defesa do ambiente, sempre com um olhar atento ao longo do trajecto pelas forças de segurança. Mas a mensagem da World Naked Bike Ride foca-se em salvar o Planeta diminuindo a poluição atmosférica ao promovendo a bicicleta como meio de transporte alternativo, evoluindo assim para um estilo de vida livre do automóvel sendo uma das atitudes mais poderosas que uma pessoa pode ter, ajudando na redução real de gases que provocam o efeito de estufa, nocivos para o ambiente, desta forma, as razões e os fundamentos para o “Nu”, é uma maneira de reivindicação, e ao tirar a roupa, é somente uma opção e um alerta para salvar o planeta, fomentar os transportes suaves e promover a mobilidade sustentável, ao andar nu de bicicleta, é uma forma de dar confiança á beleza e individualidade do corpo, enquanto se chama a atenção, para os sítios onde a bicicleta não é utilizada.
Num evento que teve o apoio da Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (FPCUB), que para o ano a promessa ficou no ar de voltar, e nós também deixamos a promessa no ar de voltar, até lá, bons passeios, boas pedaladas.
Deixamos agora a história do evento: “O início da World Naked Bike Ride é anterior a 2004, em Espanha, por um grupo chamado de Manifestación Ciclonudista, no Canadá, denominado de Artists for Peace, porem apenas em 2004 se realiza a primeira World Naked Bike Ride internacional oficial, manifestação que teve acontecimento em diversos países. A World Naked Bike Ride foi realizada em países desenvolvidos, caso da, Argentina, Austrália em várias cidades, Bélgica, Brasil, Colômbia, Canadá em várias cidades, Dinamarca, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Japão, México, Holanda, Nova Zelândia em várias Cidades, Panamá, Polónia, Paraguai, África do Sul também diversas Cidades, Suécia, Reino Unido em várias Cidades, Estados Unidos da América também diversas Cidades, Tailândia, e por fim Portugal, que aderiu em 2011, na cidade de Lisboa”.
Foto: José Morais

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