Dois Recordes do Mundo batidos em Lisboa

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Decorreu hoje a 26ª Edição da Meia Maratona de Lisboa, numa organização do Maratona Clube de Portugal, sob a batuta de Carlos Moía e da sua grande equipa, que renovou em 2015 o titulo de “Gold Road Race” atribuído pela IAFF.

Esta edição associou-se à comemoração dos 50 anos da Ponte 25 de Abril, permitindo segundo a organização que mais de 23.000 inscritos cruzassem a ponte a pé, num total de 35.000 que participaram nas várias distâncias e provas, realizadas entre ontem, sábado 19 de Março e hoje.

Novos Recordes do Mundo

A Weelchair Racing é uma competição com larga tradição no nosso país e procura reunir os melhores desportistas mundiais do desporto adaptado. Nas suas anteriores edições esta prova chegou a atingir momentos de verdadeira emoção, mostrando uma faceta singular de solidariedade e força de vontade de cada atleta superar as suas melhores perfomances e obter a vitória.

Esta competição é somente para atletas profissionais, com mínimos exigidos de 1h10m, contava com a presença dos atletas selecionados para a Taça do Mundo da Maratona, liderados pela lenda Paralímpica David Weir, e foi nesta prova e por este atleta que se sagrou vencedor da 26ª edição, com o tempo de 39m 21s, que foi obtido o novo RECORDE DO MUNDO, melhorando o seu desempenho de 2015, em segundo lugar ficou outro britânico Simon Lawson (43.55) e em terceiro o costa riquinho Laurens Molina (44.55).

David Weir nas suas declarações referiu “A primeira parte foi difícil, apanhei vento, o que me dificultou, mas fiquei satisfeito pela minha prestação, pela vitória e pelo novo recorde que obtive”, “O alvo antes dos Jogos Paralímpicos, tem a ver com a Maratona de Boston e outra maratona onde irá participar” neste momento e perante a forma física demonstrada ameaça revalidar o titulo no Rio de Janeiro, este atleta que é uma referência no desporto adaptado.

Na corrida das mulheres, Rochelle Woods foi a primeira completando o percurso em 49m 49s, apenas um segundo à frente de Jade Jones (49.50), e superando também o recorde do mundo.

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Emanuel Rolim sempre o mesmo suspeito

Na Mini Maratona, onde qualquer pessoa podia participar, correndo ou caminhando, com a família, com os amigos, na distância de 7,200 Km, com o inicio na zona da portagem da Ponte 25 de Abril e términos em Belém, proporcionava a quem nela participou o gosto de desfrutar da belíssima paisagem usufruída do cimo da ponte, um verdadeiro ex-libris de Portugal e que cativa todos os anos milhares a efectuarem a sua travessia.

Emanuel Rolim do SL Benfica, o suspeito do costume, voltou a vencer com 23m 16s, destacadíssimo em ralação aos seus adversários, como referiu “Dia espectacular para correr, efectuei um treino rápido, visto que estou a preparar-me para distâncias intermédias nos 1.500 e 3.000 metros, foi um bom teste”, “Quanto ao destaque da sua superioridade sobre o segundo, mencionou que não estavam em prova adversários da minha categoria, já sou um atleta profissional”, “Marcou presença para mostrar ao publico essencialmente o atletismo, apelando para que o mesmo apoie mais os atletas, não só nestas provas, mas também nas competições profissionais, como por exemplo os Campeonatos do Mundo que estão a decorrer, e estão a ser transmitidos na TV”

Ercília Machado do Sporting CP foi a vencedora feminina com 26m 36s tendo declarado”Implementei um ritmo mais rápido para partir desta semana passar a treinar mais afincadamente, tendo em consideração que os meus objectivos serão os 5.000 mts, vai ser uma estreia, tentar obter marcas para os Jogos Olímpicos”

Caminhar, correr pela sua saúde foi o lema

Samuel Barata a surpresa, Sara Moreira 5ª classificada

Na Meia Maratona de Lisboa se depositava todas as expectativas perante o leque de atletas estrangeiros e portugueses presentes com a ambição natural desta elite de poderem superar o recorde do mundo.

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E foi com surpresa que se assistiu aos dois primeiros atletas da prova com os dorsais nº 1 e nº 2, a obterem respectivamente o primeiro e segundo lugar, Sammy Kitwara a sagrou-se vencedor com 59m 07s, o único a baixa da hora, seguiram-se Keneth Kipkemoi – 1:00;05 e Paul Lonyangata – 1.00;11 todos em representação do Quénia, pais que colocou nos dez primeiros atletas, sete representantes, mas, e porque existe sempre um mas, que nesta bela manhã coroada por uma temperatura amena, em que o sol foi protagonista, aquecendo quanto baste o ambiente de festa que se viveu por toda a margem sul e norte do Rio Tejo, que o publico presente assistiu ao excelente resultado 1h 04m 38s obtido por Samuel Barata, atleta Sub23 do SL Benfica, o melhor português da prova, 16º da geral com 1h 04m 41s , que confidenciou à chegada “Estou supercontentissimo, vim para dar o meu melhor, venho de um período menos bom, na semana passada não estive bem nos Campeonatos Nacionais de Corta Mato”, “Vim para cá com um espírito grande e consegui ser o melhor português, dedico o meu resultados a todos quantos comigo privam e me apoiam”

Etíopes mais fortes

Em femininos, Sara Moreira do Sporting CP ainda andou no grupo da frente até metade da corrida, mas com o decorrer da segunda metade da prova, foi perdendo forças acabando no 5º lugar com 1h 10m 17s, tendo salientado “A minha preparação foi para Campeonato Nacional de Corta Mato, vim para esta prova com essa preparação, o ano passado vinha com uma preparação melhor, a diferença de segundos revela essa falta de treino”,”Estou satisfeita, contente com a minha prestação, as minhas adversárias impuseram um ritmo forte na parte final, foram mais fortes que eu, não consegui seguir o ritmo delas, tive de encontrar o meu ritmo e esforçar-me por recuperar um ou dois lugares que permitisse alcançar o pódio, não o consegui, mas também o importante, o objectivo da época será estar em grande forma para os Jogos Olímpicos”

A vencedora foi Ruti Aga com 1h 09m 16s, seguida de Ymer Ayalew – 1:09;23 ambas da Etiópia, com Linet Masai – 1:09;33 do Quénia a fechar o pódio.

No final Carlos Moía e a sua equipa demonstravam a sua felicidade pelo sucesso do evento, e pela obtenção do recorde do mundo obtido por David Weir, voltando a colocar o evento, Lisboa e Portugal nas bocas do Mundo, será a melhor publicidade que este evento pode levar aos quatro cantos do mundo, proporcionando a vinda de mais estrangeiros a Lisboa para participarem na 27ª edição, bem como as empresas que tem apoiado este evento o manifestarão com agrado a renovação desses apoios, proporcionando a vinda de uma maior e mais reforçada elite em 2017.

Terminada a prova, concluído o evento é altura de se voltar a olear a máquina e preparar o próximo evento, mais informação sobre o Maratona Clube de Portugal, aqui

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Fotos: Organização

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