ESTEROIDES ANABOLIZANTES: O QUE FAZEM À PERFORMANCE SEXUAL?

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Os esteroides anabolizantes são compostos sintéticos semelhantes à testosterona, utilizados para aumentar a massa muscular e diminuir a gordura corporal.
O Comité Olímpico Internacional baniu em 1967 a utilização de esteroides anabolizantes em doses acima das fisiológicas por atletas de diversas áreas que tivessem em vista a melhoria do seu desempenho.
Os efeitos adversos dos esteroides anabolizantes
Com o início dos Jogos Olímpicos de 2024 marcado para hoje, 26 de julho, recordamos os efeitos adversos destas substâncias.
A maior parte dos utilizadores destes compostos são homens, com uma prevalência que se estima entre 1%-5%. Percentagem essa que é inferior no caso das mulheres.
Em Portugal há poucos dados disponíveis, mas um estudo realizado em ginásios do grande Porto permitiu concluir que mais de 60% dos inquiridos já tinham recorrido a substâncias sintéticas com o intuito de aumentar a sua performance física. Os esteroides androgénicos anabolizantes foram os mais frequentemente mencionados.
Estamos perante uma questão de saúde pública preocupante, uma vez que a utilização indevida destes compostos está espalhada pela população, com efeitos prejudiciais acentuados.
Os efeitos negativos do uso de esteroides podem manifestar-se a diversos níveis:
Musculo-esquelético: desproporção muscular e tendinopatias;
Dermatológico: acne grave, estrias, alopécia e reações no local de injeção;
Cardiovascular: hipertensão, miocardiopatia e arritmia;
Psiquiátrico: depressão, ansiedade, agressividade e insónia;
Endocrinológico: ginecomastia, alteração da líbido, infertilidade, atrofia testicular e disfunção erétil.
A abstinência do consumo é essencial para a recuperação.
Mesmo após a cessação do uso de esteroides, a recuperação da função hormonal pode ser lenta, prolongando os períodos de disfunção erétil.
Em casos graves, a estimulação farmacológica pode ser necessária para restaurar a produção hormonal.

Que soluções existem?
O uso de esteroides anabolizantes pode levar à disfunção erétil devido à interferência com o eixo hipotálamo-hipófise-gónadas, que controla a produção das hormonas sexuais.
Os esteroides causam supressão da produção endógena de testosterona e gonadotrofinas (LH e FSH), essenciais para a normal função sexual masculina.
Esta supressão pode resultar em hipogonadismo, caracterizado por uma diminuição da libido, disfunção erétil e atrofia testicular.
Para o tratamento da disfunção erétil, em específico, chegou recentemente a Portugal o primeiro tratamento de venda livre para a disfunção erétil.
Tem uma apresentação em gel para aplicação tópica e está clinicamente comprovado que ajuda os homens a conseguir uma ereção em apenas 10 minutos.
Além de não necessitar de receita médica, pode ser facilmente incorporado nos preliminares e incluir o/a parceiro/a.
É um tratamento que vem para quebrar barreiras e tabus, evitando alguns dos obstáculos psicológicos associados aos tratamentos para a disfunção erétil que necessitam de receita médica obrigatória.