GASTÃO ELIAS ELIMINADO NOS QUARTOS DA FINAL
Gastão Elias - Foto: Beatriz Ruivo/FPT
Gastão Elias não resistiu ao duelo de luxo com Cristian Garín e foi eliminado nos quartos de final do quinto e último Oeiras Open da temporada.
Um torneio do ATP Challenger Tour (este da categoria 100) que a Federação Portuguesa de Ténis organiza, até sábado, no Complexo de Ténis do Jamor, em Oeiras.
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O sobrevivente português Gastão Elias não resistiu ao duelo de luxo
Sensivelmente 24 horas após vencer a batalha com Henrique Rocha , o sobrevivente português cedeu pelos parciais de 6-3 e 7-6(4) para o ex-top 20 e detentor de cinco títulos ATP.
Garín chegou ao Jamor como o mais credenciado de todo o elenco.
Mas fora do lote de cabeças de série por ocupar atualmente o 153.º lugar do ranking mundial, longe do 17.º que alcançou em setembro de 2021.
Gastão Elias tinha credenciais para duelar com o chileno (foi 57.º em 2016 e é dele o estatuto de melhor jogador da história do Tribunal Central do Jamor, onde em tempos celebrou 16 vitórias e três títulos Challenger consecutivos).
Fê-lo também dentro do campo.
Mas terá a lamentar a baixa concretização de break points.
Dois em nove (nenhum aproveitando entre os cinco incluídos no primeiro parcial, em três momentos distintos) e o facto de ter deixado escapar uma vantagem de 5-2 no segundo parcial.
Segunda vez em nove quartos de final que Gastão Elias não foi capaz de chegar ao penúltimo dia
“A verdade é que se me perguntassem qual é que seria o resultado justo para hoje, eu diria que era um 6-3 e 7-6 [para mim ].
É estranho dizer, isto, mas é verdade e é das poucas vezes que o digo“ , desabafou.
Desanimado pelas várias oportunidades que desperdiçou, ainda sem compreender totalmente o boato do embate.
“Foi uma combinação de fatores que não consigo entender.
Ele vem de ganhar um título, está com confiança e parece que as coisas lhe correm bem.
A mim parece que correm mal quando estou a um passo de ganhar e junta-se tudo para o resultado ser como foi.”
Ainda assim, foi “bastante simples” fazer uma introspeção aos últimos torneios:
“Não há dúvida de que estou a jogar o meu melhor tênis dos últimos tempos, dos últimos anos. Sinto-me bastante bem e confiante.
Mesmo nos encontros que perdi me senti superior em campo, o que é um ponto positivo, mas não posso viver de quase vitórias.
De alguma maneira tenho de arranjar forma de a meta, não posso passar o ano a tentar somar vitórias morais e a dizer que estou a jogar muito bem.
Essa é a parte que me deixa frustrado, mas também tenho de ter a lucidez de ver que estou num excelente momento de forma.”
Esta foi a segunda vez em nove quartos de final em torneios deste nível organizados em Oeiras (entre terra batida e os Indoor de piso rápido) que o experiente jogador luso não foi capaz de chegar ao penúltimo dia.
Carlos Alcaraz tinha sido o único a conseguir derrotá-lo nesta fase, no Oeiras Open 125 de 2021.
Gastão Elias segue para Mataró, na região de Barcelona, onde na próxima semana regressará ao circuito ITF antes de jogar um Challenger em Itália.
Ex-top 20 Cristian Garín lidera quarteto de semifinalistas
Enquanto Cristian Garín selou, pela terceira vez na carreira, a presença numas meias-finais em Portugal.
Finalista do Del Monte Lisboa Belém Open em 2018 e semifinalista do Millennium Estoril Open em 2024, o tenista do Chile já soma oito triunfos seguidos.
Pois há duas semanas conquistou o primeiro troféu da temporada (e desde 2021) ao vencer o Challenger de Mauthausen, na Áustria.
Especialista em terra batida, a superfície dos 18 níveis e de todas as finais menos uma, terá como próximo adversário outro adepto do pó de tijolo: o argentino Roman Andres Burruchaga (135.º).
Filho do ex-futebolista Jorge Burruchaga , que venceu o Campeonato do Mundo com a Argentina em 1986.
O jovem nascido em Buenos Aires há 23 anos colocou um travão na campanha do italiano Giulio Zeppieri (344.º) ao vencer por 7-5, 4-6 e 6-1.
Oportunidade de desforra para Roman Andres Burruchaga
Ganhou uma oportunidade de desforra, pois há duas semanas foi derrotado por Garín também numas meias-finais.
A outra meia-final será discutida entre Mitchell Krueger (151.º) e Hady Habib (159.º).
O norte-americano já tinha estado em destaque ao surpreender o cabeça de cartaz Thiago Monteiro (106.º) na rodada inaugural.
Esta quinta-feira manteve o nível para superar, com categoria, o chinês Yibing Wu (448.º por causa de várias lesões, mas 54.º há dois anos e o primeiro chinês da história a vencer um título ATP).
O libanês, que há pouco mais de um ano foi finalista de um ITF M25 na Quinta do Lago (venceu Henrique Rocha e teve um match point contra Jaime Faria , que nessa série de torneios acabou por fazer história ao arrecadar quatro títulos em quatro semanas), não perdeu tempo e “despachou” o argentino Thiago Agustin Tirante (133.º) por 6-1 e 6-3.
O encontro mais rápido e desequilibrado do dia, resolvido em 74 minutos ao conseguir anular, nos últimos dois jogos de serviço, os seis (únicos) pontos de break que aconteceram.
As meias-finais do Oeiras Open 5 serão jogadas a partir das 13 horas no Tribunal Central.
O primeiro encontro foi colocado à frente de Krueger e Habib, seguido do embate de Garín com Burruchaga.
Pedro Araújo e João Graça trabalharam por favoritos nos “quartos” de pares
Nos pares, a representação portuguesa terminou com a derrota de Pedro Araújo e João Graça nos quartos de final.
Isentos da eliminatória inaugural na sequência da desistência de Gastão Elias e João Domingues , o lisboeta e o algarvio só cederam por 6-7(3), 6-3 e 11-9.
Foi frente ao alemão Andreas Mies (92.º depois de já ter sido número oito mundial) e ao espanhol David Vega Hernandez (134.º e ex-28.º).
Lado a lado num torneio Challenger pela segunda vez, Araújo e Graça deram muito trabalho a dois adversários habituados a outros palcos.
Mies venceu Roland-Garros em 2019 e 2020 com o compatriota Kevin Krawietz , dois dos sete títulos ao mais alto nível, e Vega Hernandez conta com cinco troféus no circuito maior.
No entanto, a experiência do alemão e do espanhol veio ao de cima nos momentos críticos.
Apesar do equilíbrio se ter limitado ao longo de todo o match tie-break acabou por levar a melhor nas tira-teimas para seguirem para as meias-finais, que não terão tenistas “da casa”.
