Golfe | Hugo Santos tricampeão do Açores PGA Open
Hugo Santos, de 34 anos sagrou-se este domingo, pela primeira vez na sua carreira, tricampeão do Açores PGA Open, cuja 3ª edição distribuiu 6 mil euros em prémios monetários, no Batalha Golf Course, em São Miguel.
Pelo segundo ano seguido, Hugo Santos bateu por 1 única pancada Tiago Cruz, desta feita com um agregado de 140 pancadas, 4 abaixo do par, depois de uma excelente última volta de 67 (-5), o seu melhor cartão de sempre na prova.
Essas 67 pancadas, 5 abaixo do par, valeram-lhe o prémio da Global Newspapers para a melhor volta do torneio e na história de três edições da competição só Tiago Cruz fez melhor, com um 66 (-6) na segunda jornada de 2013.
A melhor volta do torneio valeu ao antigo campeão nacional um prémio simbólico de 50 euros, mas bem mais importante foi o prémio monetário da vitória de 1.150 euros, cabendo a Tiago Cruz 750 euros pelo 2º lugar.
Hugo Santos era obrigado a ganhar para manter vivas as suas hipóteses matemáticas de lutar pelo posto de número um da Ordem de Mérito da PGA de Portugal em 2014, depois de tê-lo sido em 2011, 2012 e 2013.
«Pensei nisso esta semana e é claro que é sempre bom ganhar, mas sei que esse é um objetivo mais difícil de alcançar, porque o Tiago tem uma grande vantagem, mas é claro que irei lutar até ao fim», disse Hugo Santos, que soma agora 5.194 euros, enquanto Tiago Cruz, o nº1, elevou a fasquia para 6.130.
A rivalidade tem sido intensa este ano no PGA Portugal Tour, com Tiago Cruz a vencer o Campeonato Nacional e o Open da Ilha Terceira, enquanto Hugo Santos triunfou no Estoril PGA Open, na Taça PGA de Portugal Betterball (em pares) e agora nos Açores.
No conjunto de todos os circuitos, Hugo Santos somou o seu 5º título da época, pois já tinha arrebatado 2 logo no início, no Algarve Winter Tour, e, mais recentemente, há uma semana, o Europeu de profissionais de Clube, o UniCredit PGA Championship of Europe, na Bulgária, onde se impôs pela 3ª vez em quatro anos.
«Estou a atravessar uma boa fase e agora vem aí uma prova muito importante para mim, a Segunda Fase da Escola de Qualificação do European Tour, e já decidi que vou jogar a Tarragona, um campo que conheço porque já lá joguei um torneio de pares da PGA da Europa», disse.
Francisco Costa Matos passa a “Pro”
O 3º lugar do Açores PGA Open foi para o amador açoriano Francisco Costa Matos, que um dia antes de acabar o torneio partilhava a liderança com o campeão nacional Tiago Cruz aos 18 buracos, com 70 (-2) e que no ultimo dia voltou a jogar bem, em 73 (+1).
O jovem micaelense sofreu apenas 2 bogeys mas também só carimbou 1 birdie e levou muito público local atrás de si.
Francisco Costa Matos estava, ao mesmo tempo, a fazer o exame prático de acesso à PGA de Portugal, o “Playability Test” e passou-o com distinção, podendo tornar-se profissional e sócio da PGA de Portugal quando desejar, estando previsto que aconteça já em novembro.
Na cerimónia de entrega de prémios, Diana Valadão, administradora das Ilhas de Valor/Azores Golf Islands, agradeceu à PGA de Portugal a atribuição «de convites aos amadores, proporcionando-lhes experiência competitiva» e José Correia, presidente da PGA de Portugal, deu o exemplo de Francisco Costa Matos: «No ano passado, tentaste o teste e falhaste. Ainda bem que és persistente. Bem-vindo à PGA de Portugal».
Como Francisco Costa Matos ainda é amador, o prémio monetário do 3º lugar, de 700 euros, foi entregue ao 4º, Miguel Gaspar, que terminou a Par do campo e que há um ano se estreou neste mesmo torneio como profissional.
Um front nine que decidiu o título
Dos três títulos de Hugo Santos no Batalha Golf Course, este foi o mais complicado, por vir de trás: «Parti a 3 pancadas dos da frente, mas acreditei sempre que poderia dar a volta ao resultado e ainda mais com o começo que tive, de 4 birdies nos quatro primeiros buracos».
O front nine foi, efetivamente, decisivo, porque o irmão mais velho de Ricardo Santos fez 5 birdies nos primeiros 7 buracos, com apenas 1 bogey (no 6), saltando para a frente da classificação.
Tiago Cruz, que jogava no último grupo com Francisco Costa Matos e Miguel Gaspar só tomou conhecimento de que estava a ser alvo de um ataque de Hugo Santos ao dobrar os primeiros 9.
O campeão nacional também arrancou bem, com birdies no 1, 3 e 4, mas deixou-se apanhar ao sofrer bogeys no 5 e no 8.
A passagem de testemunho na liderança deu-se com o birdie do profissional da Oceânico Golf no 11. Os últimos sete buracos foram emocionantes, com os dois rivais a correrem tudo a Par, mas ambos com várias hipóteses de birdie, designadamente Tiago Cruz que assistiu impotente a 3 “gravatas” no back nine.
O top-nine final do 3º Açores PGA Open, após 36 buracos ao Batalha Golf Course, em dois dias de sol, calor e sem vento, ficou ordenado do seguinte modo:
1º Hugo Santos (Unique Properties), 140 (73+67), -4, €1.150.
2º Tiago Cruz (Banco BIG), 141 (70+71), -3, €750.
3º Francisco Costa Matos (VerdeGolf Country Club), 143 (70+73), -1, amador.
4º Miguel Gaspar (Belas Club de Campo), 144 (72+72), Par, €700.
5º André Medeiros (Azores Golf Islands), 148 (78+70), +4, €650.
6º Pedro Figueiredo (MEO), 149 (72+77), +5, €600.
7º Gonçalo Pinto (HILTI), 151 (74+77), +7, €550.
8º Nelson Cavalheiro (Oceânico Golf), 153 (77+76), +9, €475.
8º António Sobrinho (Nike), 153 (77+76), +9, €475.
Texto e fotos de: PGA Portugal Tour