N2FIXED, terceiro dia e último da inédita aventura

E ontem foi o último dia do N2FIXED, uma aventura inédita de César Modesto, que percorreu a EN2 de Norte a Sul, numa bicicleta de pista sem travões.
A par disso César Modesto quis aliar uma causa solidária no âmbito das bicicletas propôs-se desenvolver uma angariação de fundos.
Definiu como objetivo tentar angariar um euro por cada quilometro percorrido e para isso criou uma campanha através da plataforma GoFundMe (que convida todos a contribuírem para a causa).
Os fundos angariados serão para apoiar as equipas de formação do Alcobaça Clube de Ciclismo.
E como este ciclista não é de estar parado, será que no próximo fim de semana, estará na Anadia, para disputar o Campeonato Nacional de Pista ??
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Norte a Sul em bicicleta sem travões
Texto: Henrique Dias // OPraticante.pt
Fotos: Bárbara Rodrigues
Página do ciclista
Página do Alcobaça Clube de Ciclismo
Último dia do N2FIXED
Aqui fica a sua descrição sobre o último dia de aventura “Após a etapa mais curta no dia anterior do N2FIXED, ontem a manhã começou em Mora com o défice do dia anterior por completar.
Distância essa que se veio a provar ter sido de bom senso não a ter realizado no dia antes, foram 43km com 650m de desnível positivo para abrir as hostes de um dia que se viria a provar, mais uma vez, duríssimo.
Após Montemor o Novo, onde até houve apoio de um desconhecido que seguia a aventura nas redes, a receita do terreno “plano” Alentejano continuou, com aquilo que se previa para o dia, a verdadeira provação final da N2, muita chuva e muito vento forte de sul.
Foi um dia extenuante pelas retas infinitas do Alentejo, que tanto o caracterizam, com muito tempo de cabeça baixa para esconder o corpo ao vento, e as dores já se acumulavam um pouco por todo o lado.
A última barreira antes de Faro provou ser afinal uma bela sobremesa no fim de um prato cheio de aventuras.
A Serra do Caldeirão, linda de morrer com paisagens únicas, e uma estrada curvilínea, tanto para cima, como para baixo, dando o melhor momento do dia, uma quase meditação, a descida da serra em plena noite, sem ninguém na estrada, só o barulho da bicicleta e da respiração.
A chegada a Faro foi feita em modo de sprint, com o vento a dar tréguas já noite feita, e a vontade de ver o número 738 na rotunda de Faro.
Foram 257km com 3154 metros de desnível positivo, feitos em 9h.
Está concluída a primeira travessia da N2 numa bicicleta de pista, uma experiência única e que certamente deixará legado e espero, inspiração para projectos semelhantes com componentes sociais.”