A estratégia e capacidade de decisão

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No passado dia 25 de abril voltou a festejar-se o aniversário do Grupo Desportivo União da Azoia, juntamente com a Câmara Municipal de Sesimbra, Junta de Freguesia do Castelo e FPO, aproveitou a ocasião e escolheu como palco a zona fantástica que é o Cabo Espichel para realizar mais uma edição desta prova.

Com esta modalidade de orientação, a organização tentou apelar à estratégia e capacidade de decisão dos participantes, esperando despertar o interesse dos vários participantes para a orientação “pura e dura”, escolhendo esta modalidade de forma a apelar mais aos habituais corredores de estrada e trail, mostrando o melhor que a orientação tem para oferecer em termos competitivos e desportivos.

A organização conseguiu divulgar a zona e o grupo envolvido no evento, pois a zona onde a prova se realizou, Cabo Espichel, apresenta uma variedade de condições propensas a varias modalidades como a caminhada, trail e btt, e ainda outros que não são abrangidos pelo grupo que organizou a prova, mas que valorizam a zona e que lhe dão vida desportiva.

A prova consistia em visitar vários pontos de controlo, que eram escolhidos pelos participantes, pelo que não havia uma ordem correta ou obrigatória como na orientação, sendo que os postos de controlo concediam pontos consoante a sua dificuldade de acesso e distância ao ponto de partida e consequente chegada. Com isto, a estratégia e a gestão de tempo efectuada por cada equipa/participante foram postos à prova, vencendo quem pontuasse mais nas 4 horas estabelecidas pelo evento. No entanto a organização montou os postos de controlo de forma a que fosse impossível visita-los todos durante essas 4 horas, obrigando os participantes a fazer escolhas. Tratando-se de uma vertente da orientação haviam postos de controlo de difícil acesso que aumentavam a dificuldade da prova e levavam, quem está habituado aos trilhos bem marcados das provas de trail, a sair da sua zona de conforto, ao embrulhar-se por terreno aberto sem trilhos bem delimitados.

A prova foi marcada por caminhos bem escolhidos, que obrigavam a um bom sentido de orientação e forma física para os transpor, e postos bem posicionados de forma a não ser só estradão e trilhos a levar aos ditos postos de controlo. No entanto, o mapa podia estar mais bem conseguido, pois a zona tem algum desenvolvimento imobiliário que rapidamente desatualizam qualquer mapa. Não inviabiliza a realização da prova, mas para estreantes na modalidade causou alguma confusão dar de caras com algumas vedações ou portões, impedindo a progressão que a organização não podia prever ou intervir.

Durante a prova foi possível interagir com os locais, que com a sua simpatia, apoiavam os participantes que passavam pelas suas casas e perto dos seus quintais.
O tempo esteve fantástico, apresentando-se um dia solarengo com uma leve brisa que é característica das manhãs daquela zona, que fizeram passar rápido as 4 horas de prova, não impedindo o ritmo de cada participante.

O Praticante obtêm 2º lugar em Absolutos Mistos

A equipa “O Praticante” fez-se representar por uma equipa composta por quatro elementos, Isabel Barra, Hélder Félix, Paulo Figueira e Eduardo Figueira, que competiram na categoria de absolutos mistos, onde obtiveram o 2° lugar. Este resultado foi excelente, tendo em conta que 3 dos 4 elementos eram estreantes na modalidade.

No que toca a classificação em absolutos masculinos, a dupla Renato Reininho e Luís Silva – Clube de Praças da Armada, arrecadaram o primeiro lugar, com 174 pontos. O segundo lugar foi ocupado pela dupla José Amândio e Luís Amândio – Clube de Praças da Armada, que conseguiram fazer 155 pontos. Para terminar o pódio neste escalão seguiu-se a dupla Rui Pena e Ricardo Ber – COA, com 136 pontos.
Em absolutos mistos, os vencedores foram o Sérgio M., Alice S. e Daniel R. – COALA, com 101 pontos. O segundo lugar do pódio foi ocupado por Isabel Barra, Helder Felix, Paulo Figueira e Eduardo Figueira – O Praticante, com 69 pontos. A encerrar o pódio esteve a dupla Tor Lahum e Johanne Hortman – SKAUGRIBB, com 32 pontos.

Na categoria Veteranos masculinos os vencedores foram Fernando Mendes e Luís Valverde – Escola Naval, com 140 pontos. Em segundo lugar ficou Eduardo Oliveira e José Domingos – INFANTADO, com 131 pontos. Para terceiro lugar, ficou a dupla Luís Quinta-Nova e António Batista – ATV/COBIS, com 120 pontos.

Nos veteranos mistos, a dupla vencedora foi Alex Liberato e Rita Gomes – BTT Loulé/BPI, com 119 pontos. O segundo lugar foi preenchido pela dupla Duarte Lopes e Katia Almeida – Duotimo, com 88 pontos. Por fim, em terceiro lugar ficou a dupla Nuno Ferreira e Ana Ferreira – Correrportugal.pt, com 73 pontos.

Acabou por uma excelente prova pela conjugação de todos os factores, desde participantes, às condições meteorológicas, que permitiu a todos disfrutarem de um bom dia de competição saudável, permitindo a todos valorizar o Cabo Espichel e a sua riqueza. Esta prova constou ainda na Taça de Portugal de Rogaine, sendo a sua segunda etapa de um total de seis que irão compor o quadro competitivo desta prova em 2016.

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Texto: Vicente Marques

Fotos: Isabel Barra

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