I Etapa do Território Circuito Centro – Proença-a-Nova

Realizou-se no passado dia 10 de janeiro, a I Etapa do Território Circuito Centro – Proença-a-Nova, organizado pela Empresa Horizontes no Pinhal, Actividades Turistico Desportivas Lda, com duas provas competitivas nas distâncias de 47 km UT (ultra Trail) com 2050 m de desnível acumulado e 26 km  TC (trail curto), a pontuarem para o prémio final do Circuito – total de 4 provas.

Secretariado no Museu Isilda Martins, em Sobreira Formosa, Estrada da Isna, onde estava também instalada a partida, e a chegada (meta) das duas provas. Foi dada uma primeira partida, simbólica, do interior do museu, até a uma rua da povoação ali perto, onde pelas 09H05, desta vez houve uma tolerância de cinco minutos, para os mais atrasados por distração, pois alguns dos atletas, foram ter a Proença a Nova, por descorarem o guia do participante, acontece a qualquer um de nós…

e lá foi dada a partida para os cerca de 180 atletas, divididos pelas duas provas, manhã de algum frio, muito, com temperaturas um pouco baixas, parte inicial dentro da localidade a sermos guiados por um dos elementos da organização, até entrarmos, na zona de mata, aqui já por nossa conta, com as habituais marcações de fitas laranjas e marcações no solo, percurso muito bem marcado.

Como tinha conhecimento que a prova era muito rolante, lembrei-me do percurso da Ericeira e como tal tinha que sair nas calmas, pois eram 47 kms, com algumas, não muitas, subidas, dignas desse nome e lá fui, aquilo que as pernas me permitiam, tivemos de tudo um pouco, estradão, alcatrão, água, gelo, subidas, descidas, boas decidas para massacrar os músculos e trilhos muito bons e de boa acessibilidade que dava gosto correr… por volta dos 8 kms subimos a um dos pontos mais altos, passamos junto a um marco geodésico, para iniciar-mos uma descida de trilhos muito técnicos e perigosos, com muitas pedras, todo o cuidado era pouco, pois escorregavam bastante para depois iniciarmos uma outra subida, que nos levava a um outro pico do percurso, aos 13 kms e a partir daí teríamos um bónus, até ao km 30, mais ou menos, trilhos muito técnicos, na encosta da serra, dum lado um muro e em baixo uma ribeira que nos acompanhou ao longo de muitos kms, a qual tivemos de atravessar e molhar os pés, com o frio que estava, não dava mesmo para parar, havia que correr, seguir numa zona cheia de gelo, onde se ouvia o estalar da geada debaixo dos nossos sapatos, de vez em quando, tínhamos o privilégio de vermos o sol, mas por pouco tempo, pois logo entravamos novamente em zona de vegetação e assim foram passando os kms, normalmente, faço as minhas provas sozinho, muitos kms só eu os animais e os trilhos, fiz a totalidade ou 99% do percurso.

Passagem pelos abastecimentos, desta vez houve quatro, aos 15 km, Alvito, aos 23 Cerejeira, 31 em Catraia e Montes da Senhora aos 39, onde sei que havia sopa e a partir daqui estava quase, só já faltavam cerca de 8 kms, havia que gerir o esforço para conseguir chegar ao fim, pois as cãibras começavam a dar sinal, enquanto era plano e a subir tudo bem, mas a descer tinha que começar a travar e os últimos kms já foram um pouco a doer…

No geral em relação à prova, achei que estava muito boa a nível de organização, marcações perfeitas, abastecimentos bons, apoio durante a prova, da parte da organização que eu acho muito importante e percurso espetacular, muito bonito mesmo. Nunca tinha ido para aquelas bandas e gostei.

Terminei na 3ª. posição da geral, com o tempo de 4:29′. A Antonieta também concluiu com o tempo de 05:48′, também ficando na 3ª. posição da geral. Ambos dos A20KM.

Os grande vencedores da prova Ultra foram: Rui Luz e Luís Mota, ambos com 4 horas.

No setor feminino as vencedoras foram: Isabel Moleiro, 5:41 e Ana Maia 5:47.

Os vencedores da prova curta foram:

Masculinos: – António Silvino, Guilherme Neto, ambos com 2:08 e Paulo Ferreira 2:11′.

Femininas: – Anabela 2:37′, Elizabete Vieira, 2:40 e Rute Martins, 2:44.

Texto: Francisco Mira Gaio – Blogg Mira Gaio

Fotos: Paulo Borges

Parceiros