Joaquim Rodrigues Jr. espera manter o ritmo até final

Joaquim Rodrigues Jr.

Joaquim Rodrigues Jr.

O português Joaquim Rodrigues Jr. (Hero) terminou ontem na oitava posição das motas a oitava etapa da 44.ª edição do rali Dakar de todo-o-terreno, e espera “manter este ritmo até final”.

Texto: AGYR // NFO – Lusa 

Site oficial do evento.

Joaquim Rodrigues Jr. continua a subir na geral

O piloto natural de Barcelos gastou mais 9.58 minutos para percorrer os 395 quilómetros cronometrados entre Al Dawadimi e Wadi Ad Dawasair, na Arábia Saudita, do que o vencedor do dia, o britânico Sam Sunderland (GasGas).

Com esta vitória, o piloto da GasGas recuperou a liderança da prova, com 3.45 minutos de avanço para o austríaco Mathias Walkner (KTM) e 4.43 sobre o anterior comandante, o francês Adrien van Beveren (Yamaha).

Já Quim Rodrigues Jr. subiu mais duas posições, até ao 15.º posto, a 58.05 de Sunderland.

Foi mais uma boa etapa. Era muito rápida, mas foi uma boa jornada. A mota esteve ao seu melhor e estou contente com o meu desempenho.

Temos vindo a conseguir resultados consistentes e espero manter este ritmo até ao final da prova”, disse o piloto português da Hero.

Rui Gonçalves

Mais prestações portuguesas nas motas

Rui Gonçalves (Sherco) foi ontem 14.º classificado e está cada vez mais perto dos 20 melhores, pois subiu a 27.º.

Sabia que era muito importante impor um bom ritmo na primeira metade da etapa uma vez que o piso era composto por areia e dunas, o meu tipo de terreno favorito.

Já na segunda metade da prova, posteriormente à neutralização, o tipo de terreno mudou, passando a ser maioritariamente composto por pistas rápidas e onde a navegação já não era muito complicada”, explicou o transmontano.

António Maio (Yamaha) foi hoje 22.º, a 21.45 do vencedor, e mantém o 25.º lugar da geral, a 2:07.05 horas do comandante.

Mário Patrão (KTM) foi 43.º, depois da queda sofrida na véspera, Alexandre Azinhais (KTM) 81.º, Arcélio Couto (Honda) 96.º, Pedro Bianchi Prata (Honda) 113.º e Paulo Oliveira (KTM) 114.º.

Na gera, Patrão, que corre sem assistência, é 47.º, Alexandre Azinhais 71.º, Arcélio Couto subiu a 79.º, Pedro Bianchi Prata 100.º e Paulo Oliveira 103.º.

Miguel Barbosa

Miguel Barbosa sobre doze lugares na geral

Nos carros, o sueco Mathias Ekström (Audi) venceu uma etapa pela primeira vez, depois de já ter ganho na Corrida dos Campeões, no DTM, no Ralicrosse e no ETCR, deixando o francês Stéphane Peterhansel (Audi) a apenas 49 segundos, na segunda posição, com o também francês Sébastien Loeb (BRX) em terceiro, a 03.08 minutos.

Com este resultado, Loeb ganhou cerca de sete minutos ao líder, o qatari Nasser Al-Attiyah (Toyota), que hoje apanhou “um grande susto”, ao ver o diferencial traseiro sobreaquecer, percorrendo grande parte da tirada só com tração dianteira.

Nunca podemos subestimar este rali. Tive muito medo”, admitiu, no final da etapa em que foi 11.º, o piloto da Toyota, que lidera, agora, com 37.58 minutos de vantagem para Loeb e 53.13 para o saudita Yazeed al Rajhi (Toyota).

Miguel Barbosa (Toyota) foi 36.º na tirada de hoje, terminando a 1:09.06 horas do vencedor, escalando 12 posições até ao 35.º lugar da geral.

A etapa foi muito longa. Foi um dia de extrema dureza. Os primeiros 200 quilómetros eram de dunas de nível dois e três, muito mais difíceis. A areia também era muito mais quente e mole.

Fizemos uma etapa tranquila. A nossa preocupação foi a de não registar problemas porque sabíamos que isso nos iria complicar a vida até porque tínhamos também uma longa ligação no fim.

Passámos por muitos carros acidentados, com problemas mecânicos. Conseguimos fazer uma etapa certinha, correu tudo bem e estamos satisfeitos por isso”, contou.

Mário Franco

Participações portuguesas nos automóveis

Nos veículos ligeiros, Mário Franco (Yamaha) foi 11.º, a 53.32 minutos do vencedor, novamente o norte-americano Seth Quintero (OT3), que persegue o recorde de 11 etapas conquistadas numa mesma edição. Até agora, falhou apenas a segunda.

Nos SSV, Luís Portela de Morais (Can-Am) foi sétimo, a 15.40 minutos do vencedor, o polaco Marek Goczal (Can-Am), e Rui Oliveira (Can-Am) o 16.º.

Concluímos mais uma etapa sem problemas nem sustos e estamos muito contentes. No final ainda furámos, o que nos fez perder algum tempo, mas de resto correu tudo muito bem. Terça-feira vamos fazer uma especial mais curta, no entanto, não acredito que seja mais fácil. Vamos manter o foco no nosso objetivo que é chegar ao fim deste Dakar”, disse Luís Portela de Morais, que é oitavo da geral, enquanto Rui Oliveira é 17.º.

Terça-feira disputa-se a nona etapa, em torno de Wadi Ad-Dawasir, com 287 cronometrados.

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